quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Torna-te o que tu és, conhece-te a ti mesmo e outros de auto-conhecimento


Ontem, em disciplina de Personalidade, fizemos uma dinâmica relacionada ao conteúdo de Traços da Personalidade baseado nas leituras de textos de Allport, Eysenck e Cattel. Traços da personalidade são aquelas características latentes, as que vemos, as que as pessoas nos passam no dia-a-dia de forma não proposital (quase sempre...). Enfim, a dinâmica consistia em escrever três características, positivas e negativas, do teu colega da direita e também três positivas e negativas na tentativa de adivinhar o que o teu colega da esquerda achava de ti...
Eu escrevi sobre a Camile e tentei adivinhar o que o Marcelo achava de mim... Well, minha conclusão de experiência foi um tanto interessante. Descobri, por exemplo, que não gosto quando as pessoas acham coisas de mim que eu não sou – ou pelo menos não acho que sou. O Marcelo, que eu nunca tinha nem falado com, disse que eu parecia ansiosa e impaciente e também inteligente, educada e algo mais que não lembro... sabe qual foi minha reação??? Fiquei ROXA de vergonha... não que tenha algum problema em falar, pois não tenho, mas falar de mim à pessoas que não conheço me soou tão absurdamente constrangedor, apesar do exemplo de todos os colegas, que eu travei. Fiquei num vermelhão, tremi a voz pra caralho, me expliquei e, depois que me acalmei, pensei no quanto eu sou idiota por agir assim. E fiquei, então, com ainda mais vergonha... e mais vermelha...
Saindo pro intervalo na tentativa de desopilar e tomar um refri com o Leandro, começamos com uma conversa interessantemente ligada à minha aula: a maneira com que me comporto e o que passo aos outros não é nada parecida com o jeitinho que sou e penso realmente. Já tive minhas fases malucas e a figura delas é ainda tão forte pra alguns que, quando alguém pergunta da “Réka” a resposta é “ah, sei, aquela louca amiga da Betina e da Tamara... bah, que trio”.
Na busca por auto-conhecimento, totalmente influenciada pela faculdade de psicologia e pelas terapias com as ‘supers’ Carla e Cris, me questiono “Who the hell AM I?”. E é óbvio que antes de achar respostas me perco na poeira...
Os ensinamentos de Sócrates (sábia Cris!) me diziam pra me conhecer a mim mesma dentro de mim comigo mesma (é, redundante e necessário!). Ora, como (re)conhecer algo que não sei o que? Então, Nietzsche, niilista,sarcástico e ateu me revela a frase que me fez ter a sensação de ataraxia mais procurada da minha vida: TORNA-TE O QUE TU ÉS...
“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.

Um comentário:

Unknown disse...

Muito profundo seu texto, curti d+.