quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Puta, cara...eu odeio bege.
E odeio "meios", "quases", "mornos"... afffe...

Fico de cara com essas coisas... por que no meu mundo cor-de-rosa berrante não existe espaço pra coisas mornas, tons pastel, meia-boca, quase cheio...

Por que eu gosto de coisas exageradas, de cor multicoloridas, de dourado e exagero, de psicodélico, de decorações inebriantes que te deixam meio zonzo...de tempestades, de cheiros fortes e de gostos apimentados.

Porque as pessoas da minha vida são todas picantes, não sem sal. Não tenho amigas sem graça. Minha vida não é sem graça, meu trabalho não é sem graça e eu, definitivamente, não sou sem graça - veja bem, posso ser feia, mas morna, nunca!

Posso não estar no hip da onda, no topo do mundo dos outros, mas no meu mundo, eu sou a rainha soberana dos delírios malucos, dos devaneios lógicos e exageros nada controlados. Porque quando quero falar,eu grito. E se eu falar baixo, bem, vem vento forte por aí.

Eparriê.

Porque coisas mansas me deixam aflita. Aaaaiii que ânsia...fala logo porra!
Aja. Não fique pensando 1000 vezes... Quem pensa não casa e, veja bem (2), eu sou casada pela segunda vez...hehehe

Hoje acordei prolixa e extremamente eloquente. Chata pra caralho, com o cérebro borbulhando. Estou atropelando as palavras porque minha boca não acompanha meus pensamentos.

xoxo


terça-feira, 19 de outubro de 2010

ele e eu...

Foi amor à primeira vista...

Nos conhecemos em um bar bacana, assim, como todo o amor deveria começar.

Ele me olhou e me ganhou de cara... tentei me fazer, tentei não gostar do sabor que me descia pela garganta quando salivava olhando pra ele, mas não teve jeito... me ganhou de cara mesmo...

Ao longo do tempo vivemos uma intensa, cara e rebelde paixão. Passávamos noites e noites juntos, lado a lado, na loucura que nos cercava.

Íamos juntos a todos os lugares e compatilhávamos as festas, os beijos, os gostos, o sexo... Nos tornamos cumplices das mais loucas aventuras e, sempre que eu titubeava, era ele que me encorajava a seguir em frente e me jogar do precipício que eu me dispunha a visitar, frequentemente, todas as noites.

Com o tempo, viciei nele e naquele cheiro que me deixava bêbada de amor.

Não podia mais viver longe dele. Ele era necessário à minha sobrevivência, à minha felicidade...
As pessoas não me reconheciam sem ele...ele fazia parte de mim.

Foi quando, um dia, o encanto se quebrou. Me percebi dependente dele. Viciada. Inebriada de paixão desenfreada. Enlouquecida de amor.

O sentimento era tão forte que virou doença: não fazia nada sem ele, vivia pra ele e com ele, eu não era eu mesma sem ele...

Foi então que decidi terminar essa relação... pois quando um amor com toda essa intensidade não nos deixa viver, não nos deixa dormir e nos torna dependentes, é melhor deixar de lado o quanto antes...

Não foi fácil terminar tudo. Sofri, Chorei (...tanto que nem sei...). Tive crises, tremia, suava... Mas persisti na busca pela minha independência, através dos delírios e devaneios que tinha diariamente quando fechava os olhos...

Hoje sou feliz sem ele. Depois de tanto tempo juntos, depois de tantos momentos maravilhosos que me causavam aquele brilho inconfundível no olhar, é melhor pra mim estar longe dele.

As vezes nossos olhares se cruzam, despretensiosos. Ele pisca, eu me faço de desentendida... Apago a luz da sala e finjo que ele não está lá, soberano, em cima da minha estante da sala, enfeitando com sua cor madeira e seu rótulo inegável os passos que eu não hei de dar ao seu lado...

Querido Johnny, vc é passado...

Xoxo

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Das rugas que eu não quero ter...

Um belo dia acordamos e vemos o que não queremos: ali, ao lado dos olhos, a marca das risadas histéricas ao longo dos anos: dois pés de galinha, um de cada lado da nossa cara, a marcar os olhos em um sinal irrevogável de que estamos, inevitavelmente, ficando velhas.

Um belo dia acordamos e nos damos de conta de que nossos amigos não são mais os mesmos, de que temos idade demais (ou não temos, depende pra fazer o quê), de que somos adultos, de que temos filhos... de que nossos joelhos doem, nossas costas doem, nossos peitos cairam  e aquela calça skinny maraaaaaavilhosa...está apertada.

Então buscamos desesperados por nós nas academias e nas fotos antigas, lembrando das festas com nostalgia e querendo nos sentir mais jovens, mas a verdade é que sabemos, lá no fundo, que o tempo não volta e blá blá blá clichê tradicional...

Hoje foi um desses (belos) dias. Não tenho mais 18 anos. Meus joelhos doem (Ô, se doem...). Já sou mãe. Já tenho rugas, de rir, graças a Deus, mas ainda assim são rugas... Minhas amigas não são as mesmas de 10 anos atrás (com raras e boas exceções...).

Me senti meio perdida em minha própria história, meio sem referência, porque de repente me vi longe daquilo que eu ainda acreditava que era meu, pelo menos um pouquinho.
Eu sei que não é. E que talvez nunca tenha sido.
Não trabalho bem com perdas, sou muito possessiva, dominadora. Eu tenho que largar, não ser forçada a deixar pra trás. Custo a admitir a derrota. Não sofro, longe de mim, mas fica aquela sensação de ter que reconquistar só pra largar...

Foram poucas as pessoas que largaram de mim, por que eu sou muito intensa ou por que sou muito louca pra aguentar...e é justamente dessas que hoje me deu saudade.

E hoje também me deu saudade da energia que eu tinha com 20 e poucos e que me falta hoje. Ah, bons tempos em que um casamento ao ar livre não me dava crise de sinusite.

Me deu saudade de mim, de algumas pessoas e da minha cara sem rugas.

É, tô velha!
Em forma...mas velha!!!

xoxo

sábado, 2 de outubro de 2010