quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Helen com H de Homem!

Com a capacidade para gostos inusitados, não é se estranhar que eu atraia pessoas dos mais diversos tipos. Bem, meu cartel de amigos inclui meninos bipolares, meninas borderline, meninas ricas, princesas, hippies, nerds, gênios e aspirantes a pessoas famosas... eu, particularmente, amo muitoooooo todos eles! Eles me ensinam a amar meu próprio estilo e a acreditar que, em um mundo de robôs e pessoas iguais, a diversidade é ainda a melhor opção.
Da primeira vez que botei os olhos ‘nela’, não parei muito pra pensar, só pra receber toda a vibração positiva e cativante. Era ‘unusual’ que uma mulher me fascinasse tanto simplesmente por ser tão inteligente a ponto de me fazer sentir burra. E isso não é fácil, dada minha natural arrogância e elevada auto-estima. Não senti nem raiva dela, e como uma boa súdita, me curvei em reverência ao seu estilo. Sim, ela era linda, esperta, inteligente e ainda, meu deus, culta e escrevia tão bem... virei fã. E de fã, amiga e daí irmã. Acaba que não tenho adjetivos bons o suficiente pra qualificar uma pessoa acima de todas as minhas expectativas. Que mesmo frágil e guriazinha é uma leoa guerreira e determinada, capaz de ações nada sublimes em busca de seus objetivos e com um coração maior que o mundo, quando os ‘merecidos’ precisam... “Os fins justificam os meios, Rekinha”... parece que ouço a voz rouca dela me falando, entre uma tragada e outra...
É uma boa mistura de Simone de Beauvoir e Friedrich Nietzsche (inclusive na masculinidade afeminada). É mulher, mas não exita em agir como homem. Exala hormônios femininos, se move com delicadeza, mas dificilmente se envolve a mais do que precisa pra manter o controle...
Em todas as vezes que eu segurei a mão dela pra ela colocar piercing, fazer tatuagem ou em procedimentos médicos, a gente fazia disso uma festa e acabávamos encostadas comendo sal pra levantar a pressão dando risadas...
De todas as tardes comendo brigadeiro e falando de coisas tão excêntricas, de niilismo e física quântica a scarpins rosa Pink com saia curta, o dia de hoje me deu saudade pq ta chovendo. E era na chuva que a gente mais se entendia (odiamos sol, queijo e sorvete...).
Helenzinha, hoje deu saudade. Não que não tivesse sentido antes, mas hoje ta chovendo e exatamente um ano atrás, nós estávamos confortavelmente sentadas em minha sacada com caras de trakinas e os dentes sujos de chocolate...
Amo-te minha amiga “gostosa como vodka e gelada como a Rússia”. Não vejo a hora de reunirmos a Santíssima e dar boas risadas tomando café!

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

RIP Carnaval...

Em uma galáxia muito distante, havia três amigas que andavam ‘pretty much togheter’. Elas se davam tão bem que fizeram até uma tatuagem igual. Festas, jantares, praias, beijos na boca, mais festas...tudo era um perfeito motivo pra estarem juntas e comemorando.
Era uma menina sem cor definida nos cabelos curtos e com aparelho nos dentes e tatuagens que chamaremos de ‘RC’; uma menina loirinha de aparelho nos dentes que chamaremos de ‘EK’ e uma menina bonita com apelido de flor.
Elas andavam com uma turma de gostos suspeitos e escolhas dúbias, em uma cidade sem muitos atrativos naturais e/ou meninos que elas não haviam beijado.
Eis que no meio de tudo isso, apareceu um personagem de desenho animado pra bagunçar com toda a situação. Assim, como o curinga do Batman, chegou confundindo a cabeça das amigas...duas ficaram interessadas. Uma ganhou a briga num primeiro momento e eles namoraram longos e intermináveis (quase) dois anos. A outra nunca saiu da cabeça dele, e depois de over re-entrou, em idas e vindas também intermináveis. A terceira assistiu de camarote a queda e ascensão de toda a história, rindo muito enquanto fazia as unhas.
Bom, por quê tudo isso? Porque quando estamos crescendo e nos descobrindo, fazemos coisas que não nos orgulhamos nem um pouco. Na ânsia de conquistar, querer, ter e poder, passamos por cima de muitas imensas possibilidades de nos tronarmos próximos a alguém de verdade.
A menina com apelido de flor nunca mais falou com 'RC'. Também pudera...apesar de saber de todaaaaaaaa a história que ela e o tal personagem estavam tendo, a cobiça de ‘RC’ foi maior...e ela não resistiu à falta de charme carente dele.
Em conversa despretensiosa com a tal 'RC' nesse carnaval ela me confessou algumas coisas ‘about’ esse episódio. Sim, ela se arrepende. Não do motivo mas da consumação do ato. Ela não faria de novo.
Considerando que, com toda a razão, a menina com apelido de flor não dirigirá outra palavra à ela, então: “Venho através deste me desculpar por ter traído a tua confiança. Depois de 10 anos acho que é a hora certa de pedir desculpas. Não espero e nem quero resposta, compreensão ou entendimento. Só quero que saiba que foi uma lição definitiva.”
...
Bom.
...
Passado o carnaval, o 18° em Cidreira (meu deuuuuuuuuuuuuuuuuuus), me preparo para voltar a ativa com força e dedicação total... =)

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Sol poente...

Bom, estou viciadíssima nos livros da Stephenie Meyer. Podem me chamar de 'Maria vai com as outras', mas seguindo o sucesso do Best-seller 'Crepúsculo', me deparo com pérolas que me fazem, sim suspirar... devorei o 'Crepúsculo' e 'Lua Nova' e estou lendo 'Eclipse' com a mesma voracidade. E ontem, quando meu marido finalmente me disse “para um pouco de ler!” me dei de conta que a história tomou mais de mim do que eu estava preparada para dar... Vontade de estar dentro dela. Não só porque o Edward me parece surreal e perfeito; mas porque de alguma forma sinto falta da magia e das aventuras de Bella. Me bateu uma invejinha!!!!
Por que será que necessitamos tanto de histórias que nos fazem suspirar um “ai, ai...” fora de hora? Fazia tempo que um livro não me deixava tão romântica... uma historinha piegas e óbvia de amor entre uma mortal e um vampiro, com um lobisomem se metendo no meio...os dois brigando pelo coração dela e disputando território, sentindo o cheiro floral dela a milhas de distância... Nada mais clichê. E por isso mesmo, nada mais querido e romântico.
Em tempo de BBB e de violência generalizada, uma autora colocar no papel de forma tão óbvia e inusitada, ao mesmo tempo, uma história de amor que transcende a vida, a morte e a eternidade sem deixar a violência sanguinária (sim, vampiros, lobisomens...) de lado ainda me surpreende. Me surpreende também a necessidade que as pessoas estão de amor – seja ele do tipo que for-, pois amores impossíveis sempre foram mais gostosos e melhores de lutar por... Me surpreende o fato de um livro adolescente ter virado febre, mas eu entendo que em um mundo carente de amor, o tão de repente e urgente amor entre duas criaturas de espécies diferentes parece uma gota de esperança...
E é claro...em um mundo falso de espectativas, um personagem reconhecer sua alma gêmea e desejá-la por conta de seu cheiro é ainda mais dramático e romântico.
Daí ficamos aqui pensandinho quando é que o nosso Edward, enigmático, silencioso, misterioso, violento vai aparecer pra nos tirar desse marasmo auto-imposto...Bem, o meu já apareceu. E deixaria até Edward himself com água na boca... ;)

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

A morte de um conhecido meu hoje me deixou pensativa... Nunca estamos preparados para a morte, não importa o quão desprendidos sejamos.
Penso em todos aqueles momentos de puro pensamento e remorso que toma conta dos que ficam... As brigas, a possibilidade de nunca mais poder olhar nos olhos de alguém pra pedir desculpas ou dizer que ama. Uma vida que é cortada abruptamente, ‘do nada’, deixando só a poeira pra trás...
Penso nos momentos que esperamos para revelar sentimentos, nos momentos que pensamos duas vezes antes de dizer coisas importantes pra alguém, nos momentos que viramos as costas, irados, e vamos embora sem olhar pra trás durante uma briga...e se for a última vez que vemos aquela pessoa? E se nunca mais tivermos a chance de dizer que “tu é um idiota mas eu te amo!” ou “tu me magoou mas eu te perdôo”?
Eu ficaria arrasada! Impetuosa e impulsiva como sou,eu ficaria "wasted" de não ter chances de me retratar com alguém, de saber que existiu uma mágoa entre nós que nunca será curada e que eu nunca, por mais que tivesse repetido, teria dito vezes suficiente que eu amava alguém.
Tenho certeza que a família dele tb tá assim. Arrasada por que perdeu um ser amado, mas ainda pior por não ter dito mais uma vez a importância que ele tinha; ou não ter brigado mais pra ele não sair de casa; ou por não ter relevado aquela discussão idiota que tiveram...
O que me faz pensar é na fragilidade da vida. E na força imponente que ela tem de nos fazer miseráveis e com saudade.
A partir de hoje, como lição e aprendizado, não deixarei meus amores saírem de perto de mim sem uma palavra de afeto, por mais irada que eu esteja. Pode ser a última vez que eu esteja os vendo. Pode ser a última vez que eles estejam me vendo.E pode ser apenas mais uma breve separação, para logo, um alegre reencontro. Mas já que não sei, não vou arriscar e nem privar as pessoas de saber a felicidade que elas me causam por simplesmente estarem vivas ao meu lado...
Vá em paz