"Olhe, tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras. Sou irritável e firo facilmente. Também sou muito calmo e perdôo logo. Não esqueço nunca. Mas há poucas coisas de que eu me lembre"
domingo, 30 de novembro de 2008
batata frita, nega-maluca e cachos de banana...
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Reviravoltando-me...
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
E Deus com isso???
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Moça, meu filhinho já ta melhor, graças a deus. Agora já é empregado de fato, com carteira assinada e tudo. Ganha mais um pouco de dinheiro todo mês e já pude melhorá um pouquinho a minha situação. O barraco ganhou uma faxina daquelas e umas cor esquista nas parede, coisa das modernidade da vida. Ele sempre me diz que a gente tem que se modernizá, eu acho tudo isso uma besteira mas digo sim por que, tadinho, trabalha tanto...
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Moça, a Sra. vê né, já faz quase 02 anos na mesma empresa, o menino é tão responsável, não falta um dia, anda todo embecadinho, arrumadinho, todo fresco quase. Outro dia falei pra ele que ele tava cheio de mania, que tinha que ser humilde e ele só pensa em crescê, crescê...embestou agora que quer mudar de casa e me levar junto, que o barraco é pequeno e feio e velho e fedorento, que ele já ganha melhor pra ter uma casa melhor...eu aceito, vou dizer o quê, ele trabalha tanto e se esforça tanto que merece mesmo se “dar bem na vida”. Embestou agora que eu tenho que estudá, pra aprendê a falá direito. Posso, estudar?Eu, uma veia sem futuro? Mas não vou dizer não por que, tadinho, trabalha tanto...
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Bom, to estudando faz algum tempo e é bem verdade que tudo melhora. A gente se mudou do barraco pruma casinha melhor, na mesma vila, mas é de tijolo sabe, alvenaria, toda cheirosinha e bonitinha. Eu tenho até um quarto separado, com porta e tudo, e guarda-roupa, imagina eu com guarda-roupa e porta no quarto. O guri anda bem, trabalhando tanto, tadinho, chega cansado, come e dorme. Nos fim de semana sai pras festa, quer dizer “pras festas”, por que agora eu estudo tenho que falar direito, então, ele sai e volta tarde meio cambaleando e sempre com umas meninas diferentes...eu não digo nada por que se não ele briga comigo e diz que quem paga é ele, e que aquelas são só um, como é mesmo que ele diz, um “passatempo”. Palavra bonita. Eu fingi que entendi, mas a verdade moça é que não entendo é nada dessa vida...mas fico quieta por que ele me dá roupa e comida da boa moça, da booooaaa e tadinho, trabalha tanto....
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Bom, o que posso lhe falar. Passaram-se quase 05 anos desde a primeira vez que nos falamos e muitas coisas mudaram. Sim, meu português melhorou muito e agora já não sinto vergonha em conversar com as pessoas. Fiz cirurgias plásticas por que o meu filhinho queria a mãe bem bonita pra apresentar pras pessoas. Ele até namora uma menina de família boa e me fez jurar que nosso passado deve permanecer esquecido. Ele trabalha tanto...mas também, comprou uma casa grande e carro, anda bem vestido e tem uma vida boa. Trabalha tanto, o pobre...tenho tanta pena por que, afinal, não faz nada além de trabalhar. Até viajar a trabalho ele viaja, já conheceu vários lugares. O mérito? Todo dele, sem dúvida. Ele merece cada centavo desse preciosa dinheiro. Deus? Deus???? Mas, minha querida, o que deus teve a ver com isso?
domingo, 16 de novembro de 2008
Credo!
sábado, 8 de novembro de 2008
Borboletas na barriga...
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Edvard Munch
Hoje contemplo o silêncio... descobri que coisas surpreendentes acontecem quando simplesmente não respondemos nada... ver a frustração na expressão alheia chega a corroer de frenezi um coração que chooooora por uma discussão, mas que acima de tudo, aprecia uma boa batalha. Principalmente de nervos...
De formas muito inusitadas, o silêncio se fez presente na minha vida e um belo dia descobri que não vivo sem ele. Eu simplesmente desisti de discutir por coisas que já estão desbotadas... Dei ao silêncio o lugar de ouro, no topo brilhante do meu coração. Me irritou? silêncio. Me chateou?silêncio. Espera de mim outra reação que não um esporro com todas as entonações possíveis? silêncio. O silêncio me cativou, conquistou em mim um lugar de honra, que me leva ao extase e me acaricia, me conforta, me adora...
E quando por fim não se tem mais o que fazer; quando por fim não se tem mais como segurar, quando a vontade e necessidade de responder se faz maior que qualquer outra coisa, quando a raiva corroe fazendo explodir os pensamentos, eu respondo um "aham..." por que, afinal, não sou de ferro...