quinta-feira, 16 de junho de 2011

De luz, de sol, de céu, de cinza...

Ás vezes eu me sinto triste, meio desolada. Não é fácil ser eu, sentir o que eu sinto, viver o que só eu vivo.
As coisas batem em mim de uma forma muito mais intensa do que eu gostaria.

E então eu choro. Sim, eu choro porque eu sou humana, porque eu sou sensível, e porque até a minha parte monstro sorri ás vezes, de esguelho, meio de lado, meio sem graça, meio sem cor e sem o brilho nos olhos.

Eu choro muito, na verdade sinto vontade de chorar quase todos os dias. Tal qual criança que chega cansada em casa e quer um colo pra deitar a cabeça, assim eu ando na volta, procurando um ombro pra descansar, por 15 minutinhos, meus pensamentos febris; esvaziar minha cabeça, cair no sono e no nada.

Mas então alguma coisa acontece, eu levanto a cabeça e de repente uma felicidade sem proporção enche meu peito.
E então o mundo todo fica rosa de novo e a vida toma sentido e as coisas começam a dar certo e tudo entra nos eixos e parece que a vida volta a andar...

É então que as flores se abrem, as cores tomam vida, o mundo vira primavera novamente... Gotas de algodão no céu formam nuvens... Raios de sol guiam o girassol, tornam a grama verde, o céu azul...

De braços abertos eu abraço o mundo, recebo a energia viva da terra de volta em um sussurro no ouvido, chamando, "mamãe"...

2 comentários:

Anônimo disse...

Dêga, me sinto exatamente igual!!! É essa tal maternidade, que faz a gente se sentir numa montanha russa em todos os momentos. Amo tu! Beijos!!!

Tamara disse...

eu quero esse sussurro tb...